Ministra irá substituir Alexandre de Moraes na condução da Justiça Eleitoral, que tem casos contra Jorge Seif e Jair Bolsonaro em andamento
Porto Velho, RO - A ministra Cármen Lúcia assumirá, nesta segunda-feira 3, a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ela substituirá Alexandre de Moraes na condução da Justiça Eleitoral durante o pleito municipal de outubro, sendo esse o principal desafio apontado para o seu mandato na Corte.
Essa, vale lembrar, é a segunda vez que a ministra chefiará o TSE. A primeira foi em 2012, quando ela se tornou a primeira mulher na história a presidir a Corte máxima da Justiça Eleitoral.
Cármen Lúcia retornou à rotação de ministros no TSE em agosto de 2020, como ministra substituta e foi empossada como membro efetivo do órgão em 2022.
Ela é alinhada com Moraes no combate às fake news relacionadas com o processo eleitoral e deve continuar os trabalhos neste tema deixados pelo ministro na Corte.
A ministra deverá, também, seguir com a empreitada iniciada por Moraes contra à fraude à cota de gênero nas eleições. O tema foi apontado como um dos legados do agora ex-presidente da Corte.
Julgamentos
Além dos temas globais, a ministra ainda conduzirá, como presidente, os julgamentos de ações importantes que tramitam no TSE contra o senador Jorge Seif (PL) e contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em novembro, o TSE julgou seis das 16 ações que tramitam no tribunal contra o ex-capitão. Ele foi condenado à inelegibilidade em 3 dos processos e absolvido em outras 3 ações.
Ainda não há previsão exata de quando o ministro relator das ações contra o ex-presidente, Raul Araújo, deve pauta a análise das ações restantes. A expectativa dos membros do TSE, porém, é de que os processos sejam julgados ainda antes das próximas eleições nacionais, em 2026. Se concretizada a previsão, a tramitação dos processos irá ocorrer sob o comando da nova presidente da Corte.
Já a análise da cassação do mandato do senador Jorge Seif deverá ser retomada com uma mudança de cadeiras, com André Mendonça substituindo Moraes na turma julgadora.
O processo foi pautado na Corte em 30 de abril, mas não houve análise de mérito do caso.
Na ocasião, o relator da ação, ministro Floriano de Azevedo Marques, determinou uma nova coleta de provas para trazer elementos sobre o uso ou não de aeronaves da empresa Havan em proveito de Seif. Esse é um dos pontos de controvérsia entre acusação e defesa.
Assim como o caso de Bolsonaro, o prazo exato para julgamento não está definido. A expectativa, novamente, é dar andamento no julgamento nos próximos meses, antes de 2026.
Fonte: Carta Capital
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