A prisão é preventiva e o parlamentar é investigado por suspeita de ser mandante do sequestro do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em outubro do ano passado.
O deputado afirmou que nunca atentou contra a vida de ninguém. “Eu jamais faria isso. Fui atacado por muitas pessoas em minha vida política. Nunca receberam um telefonema meu para ameaçá-los. Nunca fiz isso. O julgamento quem faz é Deus. Nunca fiz algo que pudesse conspirar contra a vida ou saúde de qualquer pessoa e repugno qualquer ato do tipo. As pessoas que não respeitam os outros cidadãos e seu direito a liberdade de expressão são covardes e hoje garanto a vocês que tenho sido vítima de uma armação política. No mais, o julgamento quem faz são as pessoas que acreditam no meu esforço e no meu trabalho. Deus vê tudo e sabe da minha inocência”, disse o parlamentar no último dia 21 de setembro.
O mandado de prisão foi emitido pela juíza convocada Graciete Sotto Mayor Ribeiro. O promotor de Justiça Isaías Montanari Junior cumpriu a ordem da magistrada, juntamente com o delegado da Polícia Civil, João Evangelista. Antes de ser preso, o deputado pediu para ler o mandato de prisão.
No momento que a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual de Roraima (MPRR) chegaram ao escritório, o deputado não estava no local. Ele chegou logo em seguida e o mandado contra ele foi cumprido.
Pelo crime de sequestro do jornalista, a juíza se baseou no artigo 150 do Código Penal que criminaliza o ato de “entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências”.
Operação Pulitzer II
Em nota conjunta, o Governo do Estado e o MPRR informaram que foram empregados cerca de 70 policiais civis e militares, e agentes do Gaeco no início das ações da Operação Pulitzer II. Eles cumprem 4 mandados de prisão preventiva e 8 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça de Roraima, na cidade de Boa Vista.
“Também foram convertidas em prisão preventiva, as 7 prisões temporárias cumpridas na primeira fase da Operação Pulitzer, deflagrada no último dia 17 de setembro”, informa trecho da nota que ressalta que as investigações continuam sob sigilo da Justiça.
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