Uma força-tarefa foi montada por peritos criminais no LGF (Laboratório de Genética Forense) do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Roraima, possibilitando a preparação e aliquotagem de aproximadamente 250 amostras de crimes sexuais, que serão analisadas no Cempas-VS (Centro Multiusuário de Processamento Automatizado de Vestígios Sexuais), em Brasília.
A plataforma de extração de DNA, localizada no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, foi inaugurado em 2020 e Roraima é o primeiro Estado a ser atendido.
A ação é um avanço para o processo de investigação de casos de crimes sexuais ocorridos em Roraima, permitindo assim identificar os autores dos delitos, por amostras de DNA coletadas nas vítimas.
A perita criminal Érica Veras, viaja hoje (27) a Brasília, levando as amostras selecionadas pela força-tarefa. Ela participará de um treinamento para ser capacitada no uso da ferramenta e acompanhará todo o processo de análise.
“Serão vários dias de trabalho em Brasília. Enquanto eu estiver processando as amostras questionadas dos crimes sexuais, a equipe de peritos aqui do nosso Laboratório de Genética Forense ficará fazendo as análises das referências das vítimas. Quando eu retornar, com os resultados do processamento das amostras questionadas, vamos juntar com os resultados das amostras referências das vítimas e, assim, elaboraremos os laudos em nosso Laboratório”, explicou.
Segundo a perita Criminal Andrea Cristina Sant’Ana, o Laboratório de Genética Forense de Roraima tem um acúmulo de amostras oriundas do IML (Instituto de Medicina Legal) desde o ano de 2019. Ela ressalta que as 250 amostras de crimes sexuais a serem analisadas no Centro Multiusuário de Processamento Automatizado, totalizarão 180 casos de violência sexual ocorridos no Estado e que poderão ser esclarecidos.
“A perita de Roraima vai levar as amostras questionadas, que são coletadas das vítimas de crimes sexuais. Essas amostras foram coletadas no IML, de mulheres, homens e crianças, vítimas de violência sexual. Em paralelo, ficaremos trabalhando nas amostras referências dessas vítimas e a ideia é de que obtenhamos os perfis genéticos que serão inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Importante observar que temos amostras com suspeitos não identificados e temos casos fechados também, com suspeitos, que vamos trabalhar e fazer os laudos com o retorno da perita” detalhou Sant’Anna.
De acordo com Andreia Sant’Anna, Roraima é o primeiro Estado a utilizar o Centro Multiusuário e participa do projeto piloto de funcionamento da plataforma.
Para o delegado Geral de Polícia, Herbert de Amorim Cardoso, a ação reflete o compromisso Estado em fortalecer a investigação científica e solucionar crimes que ainda estão sem resolução.
“Os nossos peritos criminais são profissionais preparados, que têm se capacitado continuamente e contribuído de forma significativa para a resolução de crimes. Esse trabalho que será feito em Brasília pela perita Érica Veras, terá a integração e o engajamento dos peritos do Laboratório de Genética Forense, que atuarão de forma integrada para esclarecer, por meios científicos, a autoria desses delitos hediondos, que são os crimes sexuais”, ressaltou o delegado Geral.
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